Uso prolongado de celular pode causar lesões na mão
Entre as condições causadas pelo uso excessivo do aparelho, o indivíduo pode sofrer de tendinite e Lesão por Esforço Repetitivo (LER)
O celular está cada vez mais presente na vida das pessoas em todo o planeta, que dedicam grande parte do seu tempo para navegar em redes sociais, trocar mensagens, jogar e assistir, especialmente no Brasil. De acordo com o levantamento do portal ElectronicsHub, os brasileiros ficam em 2º lugar entre os que mais passam tempo no celular. O uso prolongado do telefone móvel, no entanto, pode acarretar problemas nas mãos. O ortopedista e especialista em mãos da Clínica CICV, Fernando Azevedo Filho, explica que “a prática de movimentos repetitivos durante o manuseio do celular pode desencadear várias lesões no sistema musculoesquelético, especialmente nas mãos, que possuem estruturas pequenas e delicadas”.
Ele ressalta ainda que as ações frequentes realizadas no celular podem resultar em sintomas como desconforto, dores e dormência. “Além disso, há a possibilidade de desenvolver lesões articulares, como a tendinite, e o surgimento da conhecida Lesão por Esforço Repetitivo (LER), que geralmente se manifesta através de sintomas como dor, formigamento, fraqueza, rigidez e alta sensibilidade”.
“Os indivíduos com propensão à tendinite são mais suscetíveis ao surgimento frequente de dor e à limitação das funções. Se nenhuma ação preventiva for adotada, o paciente pode desenvolver tendinopatia, agravando o processo degenerativo. Em situações mais graves, há o risco de progressão para osteoartrite, também conhecida como artrose”, alerta Fernando.
Assim, para tratar as lesões causadas pelo uso excessivo do celular, é crucial realizar uma avaliação individual de cada paciente. “Em muitos casos, a simples redução do uso do telefone móvel já proporciona respostas positivas. Alternativamente, pode-se adotar um tratamento conservador, incluindo fisioterapia e medicamentos. Contudo, em estágios avançados, a intervenção cirúrgica pode se tornar necessária”, enfatiza o especialista.
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