4 tabus sobre o uso de hormônios


O médico Leonardo Matthew esclarece sobre a influência dos hormônios e seus reais efeitos no corpo


Diversos estudos mostram os benefícios da reposição hormonal em homens e mulheres. Existem evidências de uso de hormônios com fim de reposição desde 1940, mas ainda hoje existe um tabu significativo, sobretudo em relação aos riscos e efeitos associados ao tratamento. O médico Leonardo Matthew, referência em emagrecimento e reposição hormonal de homens e mulheres, compartilha quatro tabus comuns associados ao uso de hormônios e desmistificando os reais efeitos desse tratamento.


 


1) Terapia de reposição hormonal e câncer


Devido à complexidade das interações hormonais, a relação de hormônios com cânceres em geral deve ser avaliada de forma cuidadosa e criteriosa com o seu médico. Muitos trabalhos demonstram benefícios da reposição hormonal como prevenção de câncer de mama e próstata por exemplo. “A taxa de câncer de próstata em pacientes em terapia de reposição de testosterona por exemplo, não chega a 1%, menor inclusive do que entre as pessoas que não repõem. No entanto, a terapia de reposição hormonal deve se prescrita com cautela, com a indicação correta e sob a supervisão de um médico responsável, para que os riscos sejam controlados e os benefícios proporcionem qualidade de vida para homens e mulheres”, destaca o médico.


 


2) Hormônios e envelhecimento masculino


Leonardo também conta que existe uma correlação entre o declínio hormonal masculino associado ao processo de envelhecimento e diversos aspectos relacionados à saúde física, mental e sexual. “A reposição de testosterona, que visa restaurar os níveis que o corpo já não dá conta de produzir, pode desacelerar os sintomas do estresse oxidativo causado pelo envelhecimento (como indisposição física, perda de memória, perda acentuada de massa muscular, baixa libido ou disfunção erétil) melhorando a qualidade de envelhecimento.”



No entanto, a hesitação em abraçar essa alternativa muitas vezes está enraizada em concepções equivocadas e em tabus. Segundo o médico, “é necessário desmistificar a relação que repor testosterona é somente para sintomas sexuais. Precisamos compreender que a reposição hormonal masculina é uma abordagem ampla destinada a melhorar a qualidade de vida e prevenir doenças.”


 


3) Reposição hormonal e risco de doenças cardiovasculares


A menopausa representa um estágio significativo na vida da mulher, caracterizado por uma série de alterações hormonais, metabólicas e vasculares que podem potencialmente aumentar o risco cardiovascular. A gradual diminuição do estrogênio nesse período contribui para o desenvolvimento de disfunção endotelial, elevando ainda mais a vulnerabilidade a problemas cardíacos.



A terapia hormonal, frequentemente prescrita para aliviar os sintomas da menopausa, visa compensar a diminuição natural dos hormônios, durante esse período, e se destaca como um tratamento eficaz para modular os níveis hormonais e prevenir acidentes vasculares. “A falta do hormônio pode aumentar o risco cardiovascular, agora a reposição não pode ser feita em qualquer momento da vida. A idade e o tempo desde a menopausa são fatores que influenciam na indicação. O ideal é não esperar a menopausa para buscar ajuda médica”.



4) Falta de conhecimento


Muitas mulheres enfrentam uma carência significativa de informações sobre as atuais opções terapêuticas para lidar com as mudanças fisiológicas e os sintomas durante a menopausa. Além disso, muitas delas não se sentem suficientemente informadas para tomar decisões sobre a TRH (Terapia de Reposição Hormonal). Esse cenário também se aplica aos homens, que frequentemente se deparam com desafios semelhantes relacionados à falta de conhecimento sobre as terapias disponíveis para abordar as alterações hormonais associadas ao envelhecimento masculino. A escassez de informações pode resultar em hesitação na busca por ajuda profissional e na subestimação dos benefícios potenciais das terapias apropriadas.



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