Rosácea afeta cerca de 10% da população

Júlia Ribeiro


Embora pouco conhecida, em torno de 10% da população é acometida pela rosácea. Caracterizada por uma vermelhidão excessiva no rosto, a rosácea é uma doença de pele crônica que atinge principalmente a região centrofacial, mas também pode acometer outras partes do corpo.


De acordo com a dermatologista Júlia Ribeiro, que atua na clínica Skincare Dermatologia e Restauração Capilar, embora muitas pessoas desconheçam, a rosácea é uma enfermidade crônica da pele que, apesar de não ter cura, tem tratamento e pode ser controlada, para que o paciente conviva bem com o problema.


 


“Ela é uma enfermidade vascular inflamatória crônica da pele, bastante comum, que geralmente começa como uma tendência à vermelhidão no rosto”, explica a especialista.


 


Existe uma classificação com quatro tipos de rosácea: eritematotelangectasica, onde há vermelhidão e dilatação de pequenos vasos na face; papulopustulosa, em que, além da vermelhidão e vasos aparentes, há lesões semelhantes à acne; fimatosa, quado a pele fica espessada, com textura irregular, especialmente no nariz (rinofima); e rosácea ocular, quando além da pele, ela atinge os olhos, causando irritação, vermelhidão e edema", explica.


 


A origem da rosácea ainda não é conhecida, no entanto há uma predisposição individual, que pode ser familiar, bem como agravada por fatores psicológicos, como o estresse - como foi o caso da influenciadora digital Virginia Fonseca, que revelou seu diagnóstico em abril.


 


"Há influência de fatores psicológicos, ambientais e alguns alimentos. Sol, calor, vento, alimentos muito condimentados, estresse, bebida alcoólica (especialmente vinho tinto), alguns medicamentos e exercícios físicos são possíveis gatilhos para quem tem rosácea, podendo desencadear ou piorar o quadro. No entanto, eles variam de um paciente para outro. É importante estar sempre alerta aos sintomas principais: vermelhidão, pele sensível, ardência, pinicação, lesões parecidas com acne”, destaca Dra. Júlia Ribeiro.


 


Tratamento - Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), apesar de não haver cura para a rosácea, existe tratamento e controle com muitos avanços recentes. No entanto, é necessário considerar a fase clínica em que o paciente está: se apresenta mais o eritema periódico ou o persistente, se mais pápulas, nódulos ou rinofima (hipertrofia do nariz).


 


O tratamento inclui fotoproteção, medicamentos tópicos e por vezes orais e lasers para melhorar a vermelhidão e os vasos dilatados. Além disso é importante eliminar ou ao menos controlar possíveis fatores agravantes ou desencadeantes, como bebidas alcoólicas, exposição solar, vento, frio e ingestão de alimentos quentes. "Essas medidas ajudam a reduzir ou mesmo eliminar os sinais dela na pele, melhora o desconforto e previne a piora", aponta Dra Júlia.


 


No entanto, a especialista chama a atenção para a necessidade de buscar o médico dermatologista para a indicação de um tratamento adequado.


“Existem diversas opções terapêuticas, sejam elas tópicas ou sistêmicas, disponíveis aos pacientes. Elas são indicadas para as diversas apresentações clínicas da doença, e apresentam respostas satisfatórias”, conclui.

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