Banhos de praia e piscina elevam casos de otite no verão

Problema auditivo pode aumentar cerca de 70%, segundo otorrinolaringologista

Sinônimo de diversão para os brasileiros de forma geral, o verão também é uma estação que requer cautela quando o assunto é saúde, pois muita gente recorre às praias e piscinas para se refrescar por conta das altas temperaturas. O otorrinolaringologista André Apenburg, da Otorrino Center, empresa que integra o Grupo H+Brasil, uma das maiores holdings de saúde do país na área de multiespecialidades, alerta para os problemas auditivos que podem ser desencadeados por estas práticas, quando não realizadas de forma cuidadosa. “Os casos de inflamação ou infecção no ouvido (otites) aumentam em cerca de 70% nesta época do ano”, explica.

Segundo ele, “o contato frequente e prolongado do ouvido com a água pode gerar pequenas lesões na pele que reveste o conduto auditivo, removendo a cera, que é a proteção natural contra a ação de bactérias e fungos. “Sem ela, o ambiente fica propício à proliferação desses micro-organismos, gerando um desconforto ao paciente, como dor, diminuição da audição, zumbido, sensação de pressão e água no ouvido, dentre outros”, detalha o especialista.

O otorrinolaringologista André Apenburg ainda explica que os tipos mais comuns de otites são a externa, causada na maioria das vezes pelo contato excessivo com água de praia e piscina, afetando principalmente crianças e bebês, e a média, que atinge o ouvido de forma mais profunda, afetando a região do tímpano até os ossos que fazem parte do ouvido.

O diagnóstico da otite é feito somente por um otorrinolaringologista, profissional indicado também para recomendar o melhor tratamento que, na maioria das vezes, é realizado com o uso de antibióticos e antifúngicos, os quais são aplicados diretamente no ouvido e que dependem do tipo de otite da pessoa. 

Para o otorrinolaringologista André Apenburg, o paciente não deve se aventurar na automedicação e lista algumas dicas para evitar o problema.



- Não nadar nem mergulhar em águas poluídas.


- Fazer uso de protetor auricular ou tampão de ouvido para impedir a entrada de água no ouvido.


- Evitar movimentos muito bruscos durante o mergulho.


- Utilizar toalha limpa e seca nos ouvidos após nadar, mergulhar e até mesmo durante o banho.


- Não introduzir cotonetes, grampos ou outros objetos no canal externo do ouvido.


- Procurar auxílio médico para a orientação sobre a melhor forma de tratamento e investigação de qualquer persistência de sintomas desconfortáveis.

Comentários

Postagens mais visitadas