Tireoide: Especialista alerta para distúrbios na glândula

Cansaço, indisposição, pela seca, queda de cabelo e até mesmo falha na memória. Estas podem ser algumas das queixas mais comuns provocadas por distúrbios da glândula da tireoide, que fica localizada no pescoço e é essencial para o funcionamento adequado do organismo.

A glândula tireoide é responsável pela produção dos hormônios T3 (triodotironina) e o T4 (tiroxina) que são fundamentais para órgãos como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Quando a produção hormonal não funciona corretamente, provoca desequilíbrio no corpo como um todo.

Dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) estimam que cerca de 60% dos brasileiros têm nódulos tireoidianos em algum momento da vida, e, como explica a endocrinologista do Leme, medicina diagnóstica DASA, Marla Cruz, realizar a palpação da glândula é fundamental para perceber se há alterações locais, como presença de nodulações, que precisam ser avaliadas com atenção.

“A maioria das pessoas que tem nódulos na tireoide não apresenta sintomas e, ao identificar o nódulo, o médico deve solicitar exames complementares para caracterizar adequadamente o tipo dos nódulos na glândula”, explica a endocrinologista. 

Segundo a médica, os nódulos são mais comuns em idosos, mulheres e em pessoas com histórico de exposição à radiação na região do pescoço. “Não tem como prevenir os nódulos de tireoide, mas a identificação é necessária porque pode evidenciar a presença de um câncer, que ocorre em cerca de 5% dos casos”, esclarece.

Outras doenças comuns da tireoide são o hipotireoidismo, no qual a glândula deixa de produzir hormônio suficiente e ocorre uma lentificação do organismo como um todo, e o hipertireoidismo, em que há excesso dos hormônios e aceleração do metabolismo.

“Tanto o hipotireoidismo quanto o hipertireoidismo necessitam de diagnóstico o quanto antes já que são facilmente controlados”, pontua a especialista. 

A endocrinologista reforça a importância do acompanhamento médico caso ocorra alguma alteração na glândula tireoide. “A orientação é realizar os exames para observar o controle da produção hormonal, sendo fundamental seguir a prescrição médica.”, finaliza.

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