Retinoblastoma: o que é o tumor ocular que afeta a filha de Tiago Leifert
Neste fim de semana, o apresentador Tiago Leifert e sua esposa, a jornalista Daiana Garbin, anunciaram que a filha Lua foi diagnosticada com retinoblastoma, um tipo raro e maligno de câncer ocular originário das células da retina, que é a parte do olho responsável pela visão. A doença só ocorre em crianças, geralmente até os 5 anos de idade. A cura depende do estágio do tumor, por isso é importante que os pequenos passem pelo oftalmologista anualmente.
“O diagnóstico precoce é super importante porque o estágio do tumor é menor e as opções de tratamento são maiores”, explica o oftalmologista Anderson Teixeira Pinto, que é especialista em retina e vítreo, vice-presidente da Sociedade Brasiliense de Oftalmologia (SBrO) e professor da disciplina de Oftalmologia da Universidade Católica de Brasília (UCB).
O retinoblastoma acomete 2,5 a 4% de todas as neoplasias pediátricas no mundo. No Brasil, cerca de 400 crianças são diagnosticadas por ano. Um dos principais sintomas é a leucoria, um reflexo branco na pupila, também conhecido como “reflexo de olho de gato”, que muitas vezes só é notado quando se irradia luz artificial no globo ocular ou em fotos com flash. As crianças ainda podem ficar estrábicas (vesgas), ter dor e inchaço nos olhos, vermelhidão, deformação do globo ocular ou perder a visão.
“Trata-se de uma doença genética. Quando a criança desenvolve o tumor nos dois olhos é hereditária e em um dos olhos é não-hereditária. No entanto, já registramos casos de retinoblastoma hereditário em apenas um dos olhos”, esclarece o médico.
O diagnóstico é feito com o exame de fundo de olho, com dilatação de pupila. Além disso, é realizada ecografia ocular e exames de imagem, como tomografia e ressonância magnética, para confirmação diagnóstica e para pesquisar a extensão do tumor.
Segundo Anderson Teixeira Pinto, quando o tumor é tratado no início, utiliza-se laser ou crioterapia para fazê-lo estagnar ou desaparecer. Dependendo da situação, se faz quimioterapia intra-arterial, que é injetada na artéria que está irrigando a região do tumor. Se confirmado que o tumor atravessou todas as camadas da retina, pode ser necessário a remoção o olho associado ou não a quimioterapia e/ou radioterapia.
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